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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Tens que ser surdo para entender…

... que se sente quando no caminho da vida encontras um estranho que fala sem mexer os lábios, e tu não consegues entender o que diz, nem pela expressão da sua cara, porque não o conheces e te sentes perdido?
tens que ser surdo para entender…


... que se sente ao entender uns dedos que descrevem uma cena, uns dedos que te serenam, que te fazem sorrir, uns dedos que te falam de esperança, com a palavra falada de uma mão que se move, que te faz sentir parte do Mundo!
tens que ser surdo para entender…

... que se sente ao ouvir uma mão?
tens que ser surdo para entender…




Tradução livre de um poema escrito por Willard J. Madsen

Documentário "A Voz do Silêncio"

"

terça-feira, 1 de abril de 2008

Um outro olhar sobre a surdez

Alunas que organizaram a referida palestra

Oradores

No dia 7 de Março de 2008, pelas 10 h e 20 minutos, realizou-se no Auditório do bloco B, com a duração de 90 minutos, subordinada ao tema “A Pessoa Surda e a Sociedade”, dirigida pelo Sr. Armando Baltazar, assessor do presidente da Associação de Surdos do Porto, acompanhado pela intérprete Maricela Simões, visto que o Sr. Baltazar é surdo desde os 13 anos de idade. Estiveram presentes quatro alunos surdos da Escola Básica 2,3 de Amarante, acompanhados pela professora Cristina Fernandes, docente do ensino especial, e pelo intérprete Joaquim Torres. Também foram convidadas seis turmas do 12.º ano, dois professores que leccionam Área de Projecto no presente ano lectivo, a representante do NAE (Núcleo de Apoio Educativo) e a direcção da escola.

A palestra foi introduzida pelo representante da direcção, professor Eugénio Mourão, sendo de seguida iniciada pelo nosso grupo, que apresentou o objectivo da palestra e os respectivos oradores, Sr. Armando Baltazar e a intérprete Maricela Simões.

Esta palestra superou todas as nossas expectativas. Na nossa opinião correu tudo muito bem, os alunos pareceram-nos interessados assim como os professores. Contudo, houve alguns problemas a nível informático, nomeadamente o som e a apresentação de um dos powerpoints, que comprometeram a qualidade da palestra.

Da parte de tarde, das 14 horas e 15 minutos às 16 horas e 40 minutos, promoveram, na sala C1, aulas de 45 minutos de Língua Gestual Portuguesa, dirigidas pela professora Cristina Fernandes, professora especializada no Ensino Especial para Surdos, e pelo intérprete Joaquim Torres, ambos docentes da Escola Básica 2,3 de Amarante e com a presença da nossa professora de Área de Projecto, professora Fernanda Capela. Durante a aula, os alunos puderam aprender o abecedário, os números de 0 a 9, algumas saudações (que estavam contidas num folheto informativo que lhes tinha sido entregue), os dias da semana e os meses do ano. Foi proposto aos alunos apresentar o seu nome e respectiva idade em Língua Gestual Portuguesa.

Foram duas actividades que alcançaram uma grande adesão por parte do público estudantil que nelas participou. Constaram que grande parte dos alunos presentes já tinham aprendido Língua Gestual Portuguesa do 1º ao 4º ano, porque tiveram colegas surdos na turma. Este dia contribuiu para que se conhecesse um pouco melhor a realidade que envolve a surdez.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Será mesmo educação inclusiva?

Com o decreto-lei 3/2008 de 7 de Janeiro, o governo pretende criar ESCOLAS REFERÊNCIA, onde os alunos com determinadas deficiências são inseridos em turmas só de alunos com essa deficiência....

Facultar a esses alunos um ensino mais direccionado?
Minorcar custos com a educação especial?
Incluir ou excluir?
Integrar ou isolar?






O que é EDUCAÇÃO INCLUSIVA?
Partilha connosco o que pensas acerca deste assunto...

VOZ à tua opinião...
Não fiques no SILÊNCIO

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Contactando com a realidade das escolas...

No dia 29 de Novembro de 2007, das 9h às 10h, o nosso grupo deslocou-se à Escola 2,3 de Amarante para entrevistar a professora Cristina Franco Fernandes, especializada no ensino especial para surdos, com o objectivo de nos esclarecer algumas questões acerca da educação para surdos.
  1. Acha que o Ensino Especial em Portugal tem as condições necessárias para proporcionar aos deficientes auditivos a educação que necessitam?

    R.:
    Não, porque como os alunos com essa deficiência estão integrados em turmas, maioritariamente, constituídas por alunos ouvintes, não têm uma integração “normal” entre os seus colegas pois não se sentem à-vontade pela falta de meios de comunicação logo, as escolas, devido ao reduzido número de alunos surdos não possuem todos os professores necessários para lhes dar uma boa educação.
    Contudo, acho que o Ensino Especial poderá vir a melhorar pois está a concentrar-se numa escola em Penafiel os alunos com esta deficiência. Deste modo, estes poderão ter um melhor acompanhamento tanto na educação como na integração na comunidade escolar.

  2. Que condições deve ter uma escola para proporcionar a um aluno surdo um ensino adequado?

    R.:
    Um aluno surdo precisa de 4 professores: um formador em L.G.P. (Língua Gestual Portuguesa) que tem que ser surdo; um intérprete de L.G.P., que tem que ser ouvinte e que é mais necessário para surdos profundos; um professor especializado e um terapeuta da fala.
    Aqui na escola temos dois alunos no 8º ano surdos, mas que oralizam, e um aluno no 9º ano que é surdo profundo e não oraliza. Havia mais dois alunos mas foram transferidos para o pólo educativo de Penafiel.
    Devido ao reduzido número de alunos surdos este ano tivemos que optar por um intérprete de L.G.P. ou por um formador de L.G.P.. Optamos por um intérprte porque este pode ajudar os três alunos e porque o aluno do 9º ano precisa de um intérprete visto que não consegue falar.

  3. Que dificuldades sente uma pessoa surda ao integrar-se na comunidade escolar?

    R.:
    Visto que exitem poucos alunos surdos nesta escola, a integração destes alunos na comunidade escolar torna-se mais difícil pela falta de meios de comunicação, porque nem os alunos surdos conseguem comunicar com os outros alunos , nem estes conseguem comunicar com os alunos surdos.
    A maior parte das vezes os alunos surdos acabam por se isolar, o que pode prejudicar a sua evolução na vida escolar por se sentirem “diferentes”. Deste modo, está a concentrar-se em Penafiel os alunos surdos das escolas da região, para que haja uma maior adapatação destes alunos na escola e um melhor acompanhamento das suas dificuldades no ensino.

  4. A L.G.P. é uma língua oficial no nosso país?

    R.:
    Penso que sim.

  5. Qual a sua opinião acerca da implantação nas escolas de uma disciplina que nos ensine a comunicar com L.G.?

    R.:
    Na minha opinião, seria muito gratificante para a integração dos alunos surdos numa escola onde os alunos são maioritariamente ouvintes.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Língua Gestual Portuguesa

Língua Gestual Portuguesa (LGP) é a língua através da qual grande parte da comunidade surda, em Portugal, comunica.
Essa língua é produzida por movimentos das mãos, do corpo e por expressões faciais e a sua recepção é visual. Tem um vocabulário e organização próprios. Assim sendo, a LGP possui características que fazem dela uma língua e não uma linguagem.

Como qualquer língua oral, a LGP possui variantes dentro do seu próprio país (idioma), alterando, relativamente, de região para região.

Muitas pessoas pensam que a língua gestual, em todo o mundo, é igual. Esse pensamento baseia-se em alguns preconceitos errados.


Os linguistas que estudaram as diferentes línguas gestuais concluíram que estas apresentavam diferenças consideráveis entre si.

Além disso, os surdos sentem as mesmas dificuldades que os ouvintes quando precisam de comunicar com as outras pessoas que utilizam uma língua diferente.

Por isso, cada país terá a sua própria língua gestual.

E, sendo também esta uma língua utilizada no nosso país, não achas que cada um de nós deveria saber comunicar com aqueles que não conhecem outra língua que não seja a gestual?



Dá VOZ à tua opinião...

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Ensino Especial...



A educação é fulcral no crescimento da pessoa. A educação da criança surda é um direito, faz parte da sua condição como ser humano, e o dever de educar é uma exigência do ser humano adulto, do pai e do educador.


Para a criança surda, tal como para a criança ouvinte, o pleno desenvolvimento das suas capacidades linguísticas, emocionais e sociais é uma condição imprescindível ao seu desenvolvimento como pessoa.


Será que a comunicação ou, neste caso, a falta dela, deve apresentar-se para um surdo como uma barreira na sua integração socio-afectiva e consequentemente na sua educação?

A linguagem é essencial à vida em comunidade, pois é através dela que partilhamos ideias, emoções, experiências. Sem a linguagem as nossas potencialidades como ser humano ficam muitíssimo reduzidas.


Qual a tua opinião acerca do ensino especial para surdos e mudos?

O que achas que se poderia mudar nas escolas?

Já tiveste alguma experiência que nos queiras contar?



Dá VOZ à tua opinião...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

A Nossa Voz...






Olá, somos um grupo de três amigas: a Ângela, a Filipa e a Raquel. Andamos no 12ºano, na Escola Secundária de Amarante, no curso de Ciências e Tecnologias na turma 4.

O tema do nosso trabalho, no âmbito da disciplina de Área de Projecto, aborda a surdez e o ensino especial para as pessoas com este tipo de deficiência. A razão pela qual o escolhemos deve-se ao facto de reconhecermos que essas pessoas devem ter as mesmas oportunidades e direitos que todos nós, nomeadamente no que diz respeito à educação, e portanto achamos necessário desenvolver uma consciência de igualdade e solidariedade.



O nosso objectivo máximo é dar Voz às pessoas que se mantêm no Silêncio tanto a nível da comunicação como da integração na sociedade.



No nosso título, “A Voz do Silêncio”, a “Voz” representa a Língua Gestual utilizada por aqueles que vivem no “Silêncio”. Achamos que a nossa sociedade também devia dar “Voz” ao “Silêncio” (aos surdos) porque os que vivem no “Silêncio” deveriam ter os mesmos direitos que nós.


“A Voz do Silêncio” pretende ser o elo de ligação entre as pessoas que têm ou não Voz e que vivem no Silêncio e aquelas que apesar de terem Voz não conseguem “ouvir” a “Língua do Silêncio” e portanto também são “surdas”.




Também queremos mostrar o que se pode melhorar nas escolas para tentarmos proporcionar a estas pessoas um melhor ensino.



A finalidade deste blog é dar a conhecer o nosso trabalho e consciencializar as pessoas acerca do tema.